Ibovespa sobe 1% e dólar cai com fala de Draghi e commodities

Índice avança acompanhando as bolsas americanas e europeias após fala do presidente do BCE sobre estímulos na Europa

SÃO PAULO – O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (18) seguindo o bom humor externo, enquanto o mercado acompanha de perto o andamento da reforma da Previdência, com a primeira sessão de debates na comissão especial.
Além disso, os investidores aguardam o início das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed), que se encerram amanhã e podem trazer novas taxas de juros, respectivamente, no Brasil e nos Estados Unidos.

Às 10h13 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa tinha ganhos de 0,99%, a 98.594 pontos, enquanto o dólar comercial registra queda de 0,83%, cotado a R$ 3,8682 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em julho tinha perdas de 0,49%, a R$ 3,872.

No mercado de juros, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 recuava 7 pontos-base, para 5,94%, enquanto os DIs para janeiro de 2023 tinha queda de 6 pontos, a 6,90%.

Hoje, os mercados internacionais operam majoritariamente em alta, com as bolsas europeias virando para o sinal positivo, após discurso do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, sugerindo que o Banco Central Europeu (BCE) fornecerá mais estímulo, seja por meio de novos cortes nas taxas ou compras de ativos, se a inflação não melhorar.

Além disso, investidores monitoram as tensões geopolíticas com o envio, por parte dos EUA, de mil soldados ao Oriente Médio, como ameaça ao Irã.

No Brasil, o destaque fica por conta do início dos debates na Comissão Especial da Reforma da Previdência, a partir das 9 horas. As inscrições para discutir o relatório ainda estão abertas e, segundo a Agência Câmara, haviam mais de 130 parlamentares inscritos para discutir o assunto.

Ainda no Brasil, destaque para o pedido de recuperação judicial da Odebrecht, com dívidas totais de R$ 98,05 bilhões. Pivô da operação Lava-Jato, essa é a maior proteção contra credores já solicitada no País, superando a da operadora de telefonia Oi.

Noticiário corporativo

A Odebrecht ajuizou ontem pedido de recuperação judicial (RJ) contemplando R$ 51 bilhões em dívidas concursais, ou seja, passíveis de proteção de credores pela Justiça, excluídos neste montante os valores entre as próprias empresas do Grupo e créditos extraconcursais.

Sobre Petrobras, o Valor destaca que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) começou a julgar ontem dois processos relevantes à estatal, que tratam do aluguel de plataformas petrolíferas, atingindo R$ 7,9 bilhões. Ambos estão com placar desfavorável à Petrobras. Um terceiro começará a ser julgado hoje.

No total, os valores estimados pela empresa para perdas no seu formulário de referência, soma R$ 45,45 bilhões, incluindo Cide, Pis e Cofins, Importação e Imposto de Renda Retido na Fonte.

A Vale informou ontem à noite que suspendeu as atividades de processamento de níquel da usina de Onça Puma, no Estado do Pará. Conforme a companhia, não havia na mina extração mineral, apenas atividades de transformação de minério. Na sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região aumentou para R$ 200 mil a multa diária para a mineradora por conta das atividades no local.

Bolsas Internacionais

No exterior, o presidente Donald Trump deve anunciar hoje à noite, em discurso na Flórida, sua intenção de concorrer à reeleição. Enquanto isso, o secretário de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, anunciou ontem o envio de soldados para o Oriente Médio, citando preocupações com uma ameaça do Irã. Os temores de um confronto entre o Irã e os EUA aumentaram desde a última quinta-feira, quando dois petroleiros foram atacados, o que Washington atribuiu a Teerã.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse hoje que mais cortes de juros continuam fazendo parte das ferramentas da instituição. Segundo ele, indicadores dos próximos trimestres sugerem continuidade da fraqueza econômica na região. Ainda segundo Draghi, taxas de juros negativas provaram ser uma ferramenta muito importante na estratégia monetária do BCE. A atual taxa de depósitos da instituição é de -0,40%.

Entre os indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1,2% na comparação anual de maio, desacelerando significativamente em relação ao aumento de 1,7% verificado em abril, segundo dados finais divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado de maio confirmou a estimativa prévia e veio em linha com a projeção de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

A zona do euro registrou ainda um superávit comercial de 15,3 bilhões de euros em abril, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pela agência de estatísticas Eurostat. O resultado é menor do que o saldo positivo de 18,6 bilhões de euros observado em março.

Ainda na Europa, parlamentares do Partido Conservador realizam uma segunda rodada de votação no processo eleitoral para definir o próximo presidente da legenda, que assumirá como primeiro-ministro britânico.

Bolsonaro e Governo

O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar a gratuidade de franquia de bagagem, que foi inserida por emenda parlamentar na medida provisória que abriu o setor aéreo para o capital estrangeiro. A MP, editada no governo Temer, foi aprovada pelo Congresso neste ano.

Durante a tramitação da medida, uma emenda foi inserida para prever que passageiros poderiam levar, sem cobrança adicional, uma bagagem de até 23 kg nas aeronaves acima de 31 assentos. A Coluna do Estadão destaca, porém, que deputados já se articulam para derrubar o veto de Jair Bolsonaro à proibição de cobrança de bagagens pelas companhias aéreas.

O jornal O Globo informa ainda que o Senado poderá derrubar hoje os decretos assinados por Bolsonaro para flexibilização da posse e do porte de armas. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia aprovado a derrubada do decreto, por 15 votos a 9. O governo aposta na pressão das redes sociais para tentar reverter o veto.

Já o jornal O Estado de S.Paulo informa que um grupo de trabalho na Câmara prepara alterações no pacote anticrime do ex-juiz e ministro da Justiça Sérgio Moro. A intenção é retirar poderes do Ministério Público e da Polícia Federal, como o compartilhamento de provas sem autorização entre as forças-tarefas e a permissão para que a PF desmembre operações.

Sobre a ida do ministro Sérgio Moro ao Senado, na sessão prevista para amanhã, a Folha destaca que, enquanto aliados vão tentar conduzir o debate para o campo jurídico, a oposição quer promover uma discussão política, tirando-o da zona de conforto, durante os esclarecimentos relativos às trocas de mensagens com integrantes da força tarefa da Lava Jato.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou ontem que ainda não há previsão para que o presidente Bolsonaro efetive a demissão do presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, anunciada na última sexta-feira, porque ele “foi ao Congresso e agiu como sindicalista”.

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) deve definir a lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República, que desde 2003 é observada pelos presidentes para escolha do procurador-geral. Há dez candidatos inscritos. Raquel Dodge optou por não tentar ser reconduzida ao cargo.

Previdência e BNDES

A Comissão Especial da Reforma da Previdência pode começar a debater hoje o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-RJ). O texto foi apresentado na quinta-feira passada e a discussão já pode começar hoje, a partir das 9 horas. O presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a oposição concordou em não obstruir a fase de debates.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que, se a reforma da Previdência for aprovada na comissão especial da Câmara no dia 26 de junho, ele pretende instalar a discussão para a reforma tributária na comissão já no dia 27. Segundo ele, as duas discussões ocorram simultaneamente na comissão porque são assuntos com “sinais trocados”. “Enquanto a Previdência divide a sociedade e unifica a federação, a tributária unifica a sociedade e divide a federação”, disse.

Maia afirmou que deve conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, esta semana, aparentemente para tentar aparar as rusgas entre ambos por causa proposta. O ministro criticou, na sexta-feira (14), mudanças no relatório de Moreira, principalmente sobre a economia do setor público, de R$ 900 bilhões em dez anos, ante R$ 1,2 trilhão no projeto original. Guedes foi rebatido no mesmo dia por Maia.

O presidente da Câmara manteve ontem ainda sua expectativa de aprovação da reforma da Previdência no Plenário ainda no primeiro semestre. Segundo ele, a intenção é voltar a incluir Estados e municípios. Sobre a capitalização, afirmou ter proposto a Guedes, que o governo enviasse um projeto de lei que tratasse da capitalização, tema que foi retirado do relatório final. Entretanto, disse que ainda há brechas para a reintrodução da capitalização na PEC da Previdência.

Um dos trechos da reforma que poderá ser modificado diz respeito ao aumento da tributação da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL), que poderia atingir a B3, pontua a Folha. A equipe do relator analisa como este trecho foi escrito e, se entender que a B3 é afetada, poderá mudar o texto.

Após a polêmica saída de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Economia confirmou ontem a escolha do engenheiro Gustavo Montezano para o cargo. Ele é atual secretário-adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia.

Montezano tentará colocar em prática a promessa de campanha de Bolsonaro de abrir o que chama de “caixa-preta” do banco. Além disso, a nova gestão abre espaço para uma reformulação no papel do banco pela equipe econômica, que já pensa em concentrar a gestão das privatizações na instituição.

Enquanto isso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES decidiu ouvir o ex-presidente da instituição, Joaquim Levy, no dia 26 de junho, às 14h30.

Fonte: infomoney.com.br

Abrainc promove Fórum Internacional de Liderança e Inovação em São Paulo

FILI 2040 apresentará iniciativas mundiais sobre como viabilizar o negócio da cadeia da incorporação imobiliária embasado pela sustentabilidade

A ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) realiza, no dia 25 de junho, o primeiro Fórum Internacional de Liderança e Inovação – FILI 2040. A proposta do evento é trazer experiências concretas de iniciativas presentes mundialmente sobre como viabilizar o negócio da cadeia da incorporação imobiliária no contexto de liderança, gestão e inovação, sempre com os preceitos de sustentabilidade.

“A indústria da incorporação está mudando, embora não seja rápida devido a sua complexidade. Tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, Smart Mobility, Blockchain, Realidade Aumentada e Virtual, ChatbotsPear-to-peer e novas formas de conectar as pessoas já estão presentes no setor, e terão um enorme impacto no futuro do mercado imobiliário. Além disso, inovações sociais (trabalho mais inteligentes, gestão dinâmica e organização flexível), mentalidade e cultura serão grandes desafios para as organizações”, afirma Luiz França, presidente da ABRAINC.

No evento, a ABRAINC irá lançar e debater uma pesquisa inédita sobre ‘Tendência do consumidor imobiliário em 2040’, realizada em parceria com a Deloitte.

Palestras

O FILI 2040 abordará pontos essenciais para a inovação e tecnologia na área da incorporação imobiliária. Temas como a importância na formação de recursos humanos qualificados, apoio às empresas na inserção da inovação e ajuda para a regulação por meio de arranjos jurídicos – institucionais adequados, aprimorar o marco legal à inovação, com ajustes que tornem mais efetivos os regimes de incentivos existentes –, serão debatidos no Fórum. Além disso, a necessidade da criação de programas setoriais de inovação efetivos, que definam metas e objetivos pactuados entre o governo e o setor privado será discutida.

O programa do Fórum reunirá conceituados palestrantes do setor, além da realização de sessões interativas, com a participação de empresas como MRV, Deloitte, Tegra, Cyrella, OLX, entre outras. Além da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, e os sindicatos do setor, SindusCon-SP e SECOVI-SP.

Serviço:

Data: 25/06, terça-feira

Horário: das 08h às 18h30

Local: Centro de Convenções Grand Mercure | Rua das Olmpíadas, 205 – Vila Olímpia (SP)

Inscrições: Pelo site https://www.eventbrite.com.br/e/fili-2040-forum-internacional-de-lideranca-e-inovacao-tickets-60129407677#tickets

Sobre a ABRAINC

A ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) foi fundada em 2013 com o objetivo de levar mais eficiência à gestão, qualidade e aprimorar o processo da incorporação imobiliária. Atualmente, a entidade possui 36 incorporadoras associadas, com grande relevância na economia do Brasil e atuação ativa na associação. Seu objetivo é representar essas empresas, fortalecendo o setor e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do País e de suas cidades. A ABRAINC atua em defesa da responsabilidade socioambiental, da ética, da integridade e das conformidades técnica, fiscal e urbanística.

Fonte: abrainc.org.br

Vendas de imóveis novos em SP crescem pelo 4º mês seguido, aponta Secovi-SP

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo em abril registraram alta de 41%, na comparação com abril do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (10) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Trata-se da 4ª alta mensal seguida nesta base de comparação.

Foram comercializadas em abril 2.541 unidades residenciais, segundo o Secovi-SP. O número, entretanto, foi menor que o registrado em março (2.987).

No acumulado de 12 meses, foram vendidas 31.700 unidades, o que corresponde a uma alta de 16% em relação aos 12 meses anteriores, quando as vendas totalizaram 27.319 unidades.

Já os lançamentos, de acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), totalizaram 3.136 unidades residenciais, volume 50,7% superior ao mês de março (2.081 unidades) e 161,1% acima do apurado em abril de 2018 (1.201 unidades).

Em 12 meses, os lançamentos somaram 39.641 unidades, alta de 25,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo o levantamento, o destaque de abril foi mais uma vez os imóveis de 2 dormitórios, que lideraram em quase todos os indicadores, registrando maior volume de vendas (1.602 unidades), lançamentos (1.866 unidades), e imóveis ofertados (13.048 unidades).

“Desde fevereiro, a Pesquisa do Mercado Imobiliário vem apresentando números de vendas e lançamentos superiores aos registrados no ano passado, quando comparados os dados mensais. Tal comportamento demonstra que, apesar das dificuldades da economia, os negócios imobiliários continuam sendo realizados”, avaliou o Secovi-SP.

Fonte: ibrafi.org.br

Dólar opera em queda e atinge R$ 3,85

O dólar opera em queda nesta quinta-feira (6), com investidores acompanhando desdobramentos de questões comerciais no exterior e de olho nas negociações entre o Executivo e o Congresso em torno da aprovação de reformas.

Às 14h37, a moeda norte-americana caía 0,51%, vendida a R$ 3,8745.

Na mínima, o dólar chegou a R$ 3,8571 e na máxima, a R$ 3,8839.

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,98%%, vendida a R$ 3,8943. No ano, o dólar acumula alta de 0,52% sobre o real.

O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.

Fonte: g1.globo.com

Registros de imóveis crescem 11,3% no 1º trimestre

Os negócios imobiliários na cidade de São Paulo continuam recuperando fôlego e cresceram 11,3% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram registradas 24.957 ações de compra e venda no primeiro trimestre de 2019. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 15% ante os 12 meses imediatamente anteriores. Paralelamente, também está caindo a inadimplência, refletida no número de imóveis retomados por falta de pagamento.

Segundo dados da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), com base nos registros feitos em todos os cartórios de imóveis da capital paulista, apontam que a recuperação teve início em 2017, depois de quatro anos de queda no período da crise.

Em 2012, ano em que o levantamento começou a ser feito, 146.779 imóveis foram comprados ou vendidos. Os números foram caindo até atingir 89.650 unidades em 2016. Nos últimos 12 meses encerrados em março, a soma é de 112.956 unidades.

“O mercado, de fato, está reagindo, talvez não no ritmo que o País precisa, mas o fato é que estamos em uma situação melhor do que a dos últimos anos”, afirma o economista Eduardo Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), entidade parceira da Arisp no estudo.

De acordo com ele, ainda é difícil fazer uma projeção do mercado para o ano todo, em razão das incertezas econômicas e políticas que ainda perduram. Zylberstajn acredita, no entanto, que a previsão de crescimento da economia de 1% (ou abaixo disso) este ano não vai interromper a reação do mercado imobiliário.

“O importante é que o PIB (Produto Interno Bruto) parou de cair. Está fraco, mas está reagindo e, como o mercado imobiliário é cíclico, os indicadores mostram que agora estamos passando por uma recuperação”, diz.

Zylberstajn afirma que, mesmo durante o período mais forte da crise, os preços dos imóveis caíram pouco e esse também foi um dos motivos da redução dos negócios. Com a recuperação se mantendo, é possível que ocorra aumento de preço, mas isso não deve acontecer no curto prazo.

Ranking global imobiliário – Por enquanto, o relatório Indicadores do Registro Imobiliário coleta todos os meses dados das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas, ao longo do ano, também serão divulgados números de outras cidades, assim como do Estado de São Paulo e de outros Estados.

Segundo Flaviano Galhardo, presidente da Arisp, “com esses dados queremos contribuir para a melhoria do mercado”. Há outros indicadores do setor, mas a maioria deles é parcial por divulgar, por exemplo, apenas resultados de vendas de imóveis novos ou volume de investimentos feitos.

“Informações concretas de compra e venda são fundamentais para o fomento de negócios no País”, afirma Patrícia Ferraz, coordenadora do Departamento de Estatísticas da Arisp. “Investidores estrangeiros e nacionais, quando cogitam entrar no mercado imobiliário brasileiro, olham a economia do País; portanto, quanto mais informações tiverem, mais chances de receber recursos.”

Ela também ressalta a importância de dados efetivos para o cidadão comum que quer comprar ou vender um imóvel e para os governos desenvolverem políticas públicas.

Outra meta da entidade é ajudar o País a melhorar sua posição no relatório do Banco Mundial chamado de Doing Business, que avalia regulamentos para fazer negócios e sua implementação em 190 países. O Brasil está na 175.ª posição do ranking. “O País perdeu pontos porque não tinha esses índices que são solicitados no relatório”, afirma Galhardo.

Fonte: ibrafi.org.br

Mercado imobiliário deve crescer de 10% a 15% em 2019

Para Câmara Brasileira da Indústria da Construção, crescimento depende das reformas econômicas

São Paulo — As vendas e os lançamentos de imóveis residenciais no país devem crescer em torno de 10% a 15% em 2019, de acordo com estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A perspectiva é que o crescimento seja puxado pelo segmento de imóveis de médio e alto padrão, em que as moradias são financiadas por linhas bancárias que utilizam recursos da poupança.

Já os negócios envolvendo as unidades dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que contam com financiamento por meio de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devem permanecer estáveis, considerando que o orçamento do fundo ficou estagnado do ano passado para cá.

“Quem vai puxar o crescimento é a habitação de mercado (médio e alto padrão)”, projetou o presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, citando as limitações de recursos do FGTS.

Petrucci disse que os lançamentos e as vendas continuam saudáveis no segundo trimestre, a despeito do ritmo mais lento de recuperação da economia brasileira. Ele citou como exemplo que os lançamentos na cidade de São Paulo no mês de abril foram o dobro do registrado no mesmo mês do ano anterior. “É uma reação que, guardadas as proporções de cada mercado, acreditamos que também vem acontecendo em outros Estados”, observou.

Ele ponderou, entretanto, que a perspectiva de crescimento do mercado imobiliário leva em consideração a necessidade de encaminhamento das reformas estruturais do País, sendo a mais importante delas a reforma da Previdência. Caso haja deterioração da economia nacional e um noticiário negativo sobre a concretização da reforma, muitas pessoas podem adiar a decisão de compra de um imóvel, avaliou.

Guedes e Maia
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse não ver distanciamento entre Executivo e Congresso nas discussões em torno da reforma da Previdência, e destacou, nominalmente, a dedicação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para o encaminhamento do tema. “Se a reforma da Previdência acontecer, é porque houve dedicação de Guedes e Maia”, afirmou em coletiva de imprensa.

Martins também ressaltou que a aprovação da reforma é essencial para garantir maior confiança de agentes econômicos, retomada dos investimentos e um crescimento mais robusto da economia brasileira. “A reforma da Previdência é tão necessária que acreditamos que não há como não acontecer. O seu tamanho e o jeito é que ainda serão decididos”, afirmou, acrescentando que vê o Congresso “bastante motivado” para dar andamento às discussões.

Futuro do Minha Casa Minha Vida

Embora o governo federal tenha começado discussões sobre mudanças no Minha Casa Minha Vida sem a participação de empresários do setor, nada será feito de forma precipitada, garantiu o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de acordo com informação compartilhada pelo presidente da CBIC.

Em entrevista à imprensa, Martins disse que cobrou Canuto sobre declarações públicas de membros do governo a respeito de alterações no programa habitacional sem que as associações do setor de construção tivessem sido consultadas anteriormente, o que pegou empresários e investidores de surpresa. “O ministro pediu para que não tirássemos conclusões precipitadas. Um programa de mais de 10 anos não se muda de forma açodada, e sem a participação do setor”, afirmou, repetindo mensagem que enviada por Canuto a ele via Whatsapp.

Conforme já informado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), entre os itens em discussão no governo, está a ideia de doar terrenos públicos nas regiões metropolitanas para as construtoras e financiar as obras por meio de recursos do FGTS. A construtora ainda ficaria responsável por administrar o condomínio, depois de pronto, durante um período em torno de 20 a 30 anos. Por sua vez, o beneficiário pagaria um aluguel pelo uso da moradia, podendo converter os valores na propriedade do imóvel no fim desse período caso se mantenha adimplente.

Martins disse que as propostas devem ser complementares às faixas existentes, e não substitutivas. “As faixas 1,5, 2 e 3 estão consolidadas”, afirmou. Já a faixa 1 está travada devido à carência de recursos públicos para subsidiar os imóveis.

O presidente da CBIC ainda acrescentou que concorda que o programa busque soluções complementares para a moradia, além da aquisição de imóveis. Um exemplo seria a locação.”Temos que ir efetivamente para aquilo que era a forma original do MCMV, a moradia. Há várias formas para isso. Precisamos agregar uma série de outros produtos para que seja um programa social de moradia”, defendeu.

No dia 4 de junho, uma comissão da CBIC vai se reunir com membros do Ministério do Desenvolvimento Regional para discutir potenciais mudanças no MCMV.

Fonte: exame.abril.com.br

Venda de imóveis crescem quase 10% no país no primeiro trimestre do ano

O mercado imobiliário está crescendo neste ano, segundo dados da pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com 23 capitais e regiões metropolitanas de todo o país. No primeiro trimestre deste ano, houve um aumento de 9,7% na venda de imóveis e de 4,2% no número de lançamentos no Brasil.

Já a oferta final, ou do estoque de imóveis novos, teve queda de 8,6% no período. O que mostra que apesar do aumento no número de lançamentos, não é maior que o número de vendas.

O Rio de Janeiro também acompanhou o crescimento no país.  Foram lançadas 2090 unidades no primeiro trimestre de 2019, contra 1480 no mesmo período de 2018 — um crescimento de 41%. O número de unidades vendidas aumentou ainda mais, crescendo 48% no período, totalizando 4070 unidades vendidas no primeiros trimestre de 2019.

— Estamos vendo a retomada acontecendo, mesmo que aos poucos.
A região Sudeste puxou o crescimento do país e teve um crescimento expressivo em relação ao ano passado. O Rio de Janeiro parece ter atingindo o seu pior momento em 2017, pois tem melhorado aos poucos desde então — afirmou José Carlos Martins, presidente da CBIC. Outros dados também apontam o crescimento do setor na região.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), houve um crescimento de 36,4% de unidades financiadas neste primeiro trimestre no Rio de Janeiro em relação ao mesmo período do ano anterior. E segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), houve uma contração líquida de 2904 empregos na construção civil no Rio de Janeiro de janeiro a abril deste ano, enquanto no mesmo período do ano anterior houve saldo negativo de 3775.

No entanto, o crescimento, por enquanto, tem se concentrado no setor de baixa renda, com imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida.

— O setor como um todo não está bem no Rio de Janeiro, está estagnado. Mas o setor de baixa renda tem crescido e estão previstos lançamentos na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro e em São Gonçalo — afirmou Roberto Lira, Consultor Técnico da Sinduscon-Rio., sindicato da indústria da construção civil do Rio de Janeiro.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Dólar muda de rumo e passa a cair nesta quinta-feira

No pregão anterior, moeda dos EUA caiu 0,18% e fechou a R$ 4,0404.

O dólar mudou de rumo e passou a cair nesta quinta-feira (23), de olho no exterior, onde há cautela por preocupações renovadas quanto à disputa comercial entre Estados Unidos e China, e tendo o cenário doméstico e a pauta de votações no Congresso como pano de fundo.

Às 12h46, a moeda norte-americana recuava 0,10%, negociado a R$ 4,0364.

No pregão anterior, o dólar caiu 0,18%, vendido a R$ 4,0404, acumulando queda de 1,43% na parcial da semana. No mês, ainda tem alta de 3,04%.

O BC realiza neste pregão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.

Cenário local e externo

Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da Medida Provisória 870, que modifica a estrutura do governo federal e reduz o número de ministérios, mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão sem concluir a votação após um acirramento das tensões. A expectativa de Maia é de que a votação seja concluída nesta quinta-feira, com a análise dos destaques.

Enquanto a votação de importantes matérias econômicas por parlamentares reforça a leitura de agentes financeiros de que o Congresso está comprometido em avançar a agenda econômica, tal movimento já vinha sendo precificado, destaca a Reuters.

“Mercado já precificou antecipadamente esse empenho do governo em destravar as pautas das MPs para conseguir votar a 870, então hoje estamos acompanhando bem o externo e o movimento das emergentes”, explicou Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets.

Com isso, o real passa a olhar mais para o exterior, operando em linha com outras moedas emergentes, que são pressionadas por temores renovados quanto à disputa entre Estados Unidos e China. O Ministério do Comércio chinês disse que, se os EUA quiserem continuar com as negociações, precisam “corrigir suas ações erradas”.

Fonte: g1.globo.com

Bolsa bateu recorde e depois virou. Ainda vale entrar?

Depois de bater recorde, passar dos 99 mil pontos e quase fechar na marca histórica de 100 mil pontos há dois meses, o Ibovespa entrou em trajetória de queda nas últimas semanas e atingiu o menor nível do ano na sexta-feira (17), fechando abaixo dos 90 mil pontos. Ontem recuperou-se parcialmente, com alta de 2,17%. Será que ainda vale a pena entrar na Bolsa de Valores? Ou é melhor esperar?

Por trás de todo o nervosismo no mercado financeiro, estão a confusão política, as incertezas sobre a aprovação da reforma da Previdência, os sinais de crescimento mais fraco da economia neste ano e a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Embora a intensa instabilidade assuste os investidores menos experientes, analistas afirmam que é um bom momento para comprar ações, desde que o prazo do investimento seja superior a dois anos.

“A Bolsa está barata. As quedas representam oportunidades de entrada para o investidor que tem apetite por ativos de risco e foco no longo prazo”, disse Bruno Muniz, assessor de investimentos da Ativa.

“No curto prazo, teremos muita volatilidade por causa das negociações políticas para a aprovação da reforma da Previdência. Mas é importante lembrar que o mercado antecipa os movimentos. Portanto, deveremos ver uma recuperação das ações tão logo o cenário de aprovação da reforma fique mais claro. É um bom momento para comprar ações com desconto”, afirmou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Política não deve afastar investidor

Embora as discussões políticas causem mal-estar entre os investidores e façam as ações sofrerem oscilações bruscas em alguns momentos, os especialistas consideram que a aprovação da reforma é apenas uma questão de tempo. “Se os grandes investidores estrangeiros se preocupassem sempre com o fator político, ninguém investiria no Brasil”, afirmou Muniz.

Alta da Bolsa deverá ser menor neste ano.

O desempenho da Bolsa em 2019 ainda será positivo, mas a alta não será tão expressiva como alguns analistas previam. Segundo Galdi, o otimismo observado no começo do ano foi exagerado.

“A aprovação da reforma não será tão rápida como se imaginava. Mas, se ela sair até agosto como estão prevendo agora, ainda teremos quatro meses positivos. O Ibovespa não vai bater nos 120 mil, 130 mil pontos, mas certamente deverá passar dos 100 mil.”.

Empresas estão preparadas para economia fraca

Embora as projeções para crescimento da economia brasileira tenham sofrido forte redução nas últimas semanas, Galdi acredita que a maioria das companhias listadas em Bolsa apresentará resultados satisfatórios nos próximos meses.

“É claro que uma fabricante de máquinas industriais vai sentir a economia mais fraca, já que ninguém está comprando. Mas, de maneira geral, as empresas fizeram ajustes nos últimos anos, enxugaram suas estruturas e se adaptaram a uma realidade de crescimento de PIB [Produto Interno Bruto] da ordem de 1% ao ano.”

Fonte: economia.uol.com.br

BC quer facilitar acesso a mercado financeiro, diz Campos Neto

A democratização financeira tem, até o momento, foco na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito. O Banco Central (BC) quer agora facilitar o acesso ao mercado a investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros, grandes e pequenos. A avaliação é do presidente do BC, Roberto
Campos Neto, na abertura de workshop sobre o open banking, em Brasília, evento fechado à imprensa. O open banking é o compartilhamento de dados, produtos e serviços por meio da abertura e da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia de instituições financeiras. Segundo discurso publicado no site do BC, Campos Neto defende, além da ampliação do acesso ao mercado, aumento da competitividade do setor, da transparência e da educação financeira.

“Dentro dessas novas dimensões, estão sendo criados 14 grupos de trabalhos para avaliar mais detidamente cada ponto, sendo que open banking é um importante aspecto da dimensão de competitividade”, disse.

No final de abril, o BC deu início ao processo de implementação do open banking, com a publicação do Comunicado 33.455, que estabelece as diretrizes que orientarão a proposta de regulamentação do modelo a
ser adotado no Brasil.

Segundo o BC, por meio do open banking, clientes bancários poderão, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, fazer uma transferência de recursos ou um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco.

Fonte: economia.uol.com.br